MEUS FILMES DE ESTIMAÇÃO

sexta-feira, outubro 16, 2015


Estimação: ato ou efeito de estimar/avaliar. Faço um neologismo então, e vou também para o lado do afeto, do apreço imenso, do cativar e cultivar dentro de si, do classificar positivamente. Os filmes abaixo são aqueles que lembro sem dificuldades quando penso na combinação das palavras "filmes" e "prediletos". O fato de que devoro cinema, não é nenhum segredo. O de que amo ler gente, menos ainda. Sou fissurada por (re)ler relacionamentos (sejam eles românticos, de amizade, familiares, de qualquer laço!). Através do que vivo e observo é que escrevo, através do que deixa algo à flor da pele, do que fica em mim nas caminhadas dos seres humanos. Quando algo está entalado no meu peito e ainda não saiu para o papel, músicas com letras que tragam sentenças com as quais me identifique ou séries, filmes e vídeos que tragam a mesma sensação, ajudam para que eu leia o que nem sabia por completo que estava sentindo, assim como descubro melhor a mim, aos outros e o que vivo e penso, quando escrevo. Os filmes são leituras, são mensagens, são sentimentos, são identificações. São, muitas vezes, retratos de fatores que anotei em algum poema ou crônica. Gosto de ver além do básico, e espero que vocês façam o mesmo, digo isto porque, por vezes, por ser um romance alguém deixa de observar a profundidade que vai muito além do casal, que afeta individualmente cada um, que aborda a vida em geral. Gosto de cavar mais fundo, pegar nas entrelinhas os porquês e quês alavancados. É ao roteiro que mais me agarro ao criticar uma obra cinematográfica, é a estória (ou história) e o seu desenrolar que me faz cair de amores ou de contestações. São as metáforas que enxergo com celeridade que me fazem ficar derretida por uma obra. Mas é óbvio que não deixo de observar o todo (atuações, trilha sonora, cenários, etc), afinal, são detalhes que complementam de forma enriquecida (ou empobrecem) o roteiro. Então, visando a totalidade deste carinho que guardo, compartilho aqui com vocês os meus 16 filmes preferidos

  • Um Dia (One Day)

Cada fragmento de cada mensagem explícita e/ou implícita desse filme fazem com que meu coração fique apertado e encantado. Quando a obra termina, dá vontade de nunca mais dizer e nem fazer jus à expressão: "É... Um dia... Quem sabe...". As metáforas sobre diversos detalhes da vida (incluindo nosso rumo profissional), das nossas escolhas, de como encará-las, da consciência relacionada às consequências e o fato de que podemos sim, dominar a maior parte do nosso destino, ficam escancarados. Ter quem amamos e nos quer bem por perto, sabendo cultivar esse vínculo, nos ajuda a achar nossos caminhos, a segurar as pontas nas quedas e a observar que precisamos ter objetivos firmes de vida, assim como precisamos do amor em mesma escala. O que nos segura quando um relacionamento desmorona, são os nossos focos pessoais. E o que nos segura quando nossos eixos próprios tremem, são os nossos laços humanos. Nenhum desses lados deve ser desprezado ou procrastinado. Claro que, por vezes, a prioridade será um deles (até porque, um deve somar no outro), mas o equilíbrio e a persistência salvam ambos, quando existe amizade. A amizade é o maior ingrediente para qualquer relacionamento, isso é óbvio. Inclusive para o seu relacionamento profissional! Se você não é amigo, não é íntimo do que faz (intimidade, para mim, é o melhor sinônimo de amizade), se não consegue sequer prever a sensação de "estar em casa", então isso não vai para frente. A amizade é a chave para tudo o que deseja cativar. O conseguir a paz com predominância (acima de qualquer turbulência que vier, porque elas sempre virão), é o que garante um futuro no quesito que for. E o conforto da paz, o desejo de saber para onde (no caso, também quem) correr quando uma glória ou uma derrota acende no seu dia, só vem da amizade. Para um relacionamento amoroso é o tópico primordial. E navegando em torno disso e do que deixamos escapar culpando os acasos, enquanto não reparamos que dependia apenas de nós, é que o filme Um Dia joga a sua âncora nas nossas reflexões. A obra é inspirada no livro de romance homônimo do próprio roteirista, David Nicholls.

  • Cisne Negro (Black Swan)

Até que ponto devemos ir para alcançar algo próximo do nosso melhor no que amamos fazer? Os limites dependem dos contextos de cada um, dos objetivos de cada um, da funcionalidade da mente de quem define, dos olhares de cada ser. Esse filme é uma obra-prima, que retrata a tal indagação com maestria. Lembro que não sabia se aplaudia, se ficava boquiaberta ou se permitia que alguma ponta de indignação tomasse conta de mim ao chegar no desfecho. Mas os aplausos ganharam, e ganham. Ainda que não devendo chegar no mesmo patamar final da personagem, a maneira com que ela conduz sua caminhada, com sua originalidade e criatividade para entrar no que deseja, pode inspirar qualquer profissional! Mensagens cabíveis no poema Equilíbrio do Entre Chaves, são incrivelmente cabíveis: "Quem é teu remédio e tua doença? Quem é tua fé e tua descrença? Quem é tua asa e teu cadeado? Quem é teu fim e teu inacabado? Quem é tua resposta e tua indagação? Quem é tua verdade e tua ilusão? Quem tu tanto mata e continua de pés? Seja quem for, na balança: tu és". O fato é que tudo se torna perturbador quando se está perturbado! Essa e muitas outras vertentes reflexivas são desencadeadas. Desenrolar mais acaba causando mergulhos em spoilers, porque é uma trama realmente empolgante, bem enlaçada e que agarra a mente da protagonista para mostrar o que todos nós também guardamos nos nossos poços intrínsecos: medos com toques de autoconfiança e criatividades escondidas por receios. Tudo mora com suas duas faces dentro de nós, saber quando escolher e como nivelar, é o segredo.

  • Paixão Sem Limites (Tres Metros Sobre El Cielo)

Atenção: esse filme pode causar graves sintomas, como ressaca aguda. Sim, eu até hoje não me recuperei. E, sim, eu já assisti mais de sete vezes (juro). Romance? Positivo! Clichê? Negativo! A principal mensagem da obra fica emaranhada nas mais minuciosas entrelinhas. Liberdade é saber ao que se prende, eis a principal tese. Ser livre é fazer do passado um meio de bom legado, de respeitos, de não quebra de juras até que jure em voz alta não mais as jurar. É cuidar do que faz, das marcas que deixa, para que no futuro, o antes não venha a assombrar. Por mais que haja uma boa evolução, fantasmas de escolhas passadas vão percorrer a caminhada atual. Para que novas cicatrizes perante esses fatos não surjam de maneira semelhante, é preciso honestidade, comprovações e a lembrança de que quem não sabe abrir mão do trivial, não merece o fundamental. Injustiças e imaturidades fazem parte de diversos atos nossos de cada dia, e não deixam de percorrer o filme baseado no livro do romance homônimo publicado pelo italiano Federico Moccia. Contudo, os (re)toques de crescimento e evolução percorrem simultaneamente essa intensa estória, que nos mostra o quanto um ser humano tem a capacidade de ser forte por outro, de mudar por outro (não a essência/caráter, mas adaptações que andem de mãos dadas com as nossas índoles), de florescer e descobrir mais de si pelo começo, meio e até fim de um relacionamento, seja ele do tipo que for. Viemos sozinhos para estarmos juntos, para retirarmos um pouco das mãos dadas que damos por aí: O filme retrata como tudo é peculiar e único, ainda que ande pelas bordas de um clichê qualquer, de algo que alguém possa dizer que já viveu "igual". Porque igual não existe, porque um ato, uma fala, um toque, muda tudo. Um levantar de ombros significa o mundo, a salvação ou o findar. Devemos ser gratos por quem passa pelos nossos capítulos, devemos entender que tudo acontece somente uma vez, devemos abraçar esses quase-bordões e dizer: Ainda bem, que de alguma maneira, isso me levou a três metros acima do céu. Porque continuamos a voar, e o que fica só aumenta nossas asas. Esse longa é denso, com interpelações que futucam os lados individuais e conjuntos, e dói. Doeu em mim, de uma maneira viciante. Espero que vocês assistam e possam buscar todas as profundidades possíveis em cada fragmento dessa onda de emoções que marcou uma geração inteira na Espanha. Ele tem ainda uma continuação que traz tantas mensagens incríveis quanto o próprio primeiro: Tengo Ganas de Ti.

  • 127 Horas (127 Hours)

O que é liberdade? É nadar pela vida sem manter relacionamentos firmes? É viver sem "avisar nada para ninguém"? Ou é apenas cuidar dos seus atos com base nos seus valores e nas possíveis consequências dos tais, para que o peso do passado e presente não venha a ser um gancho que empaque o seu futuro? Em 127 Horas, temos a história verídica do alpinista Aron Ralston (interpretado por James Franco), que ficou preso por uma pedra em Robbers Roost, Utah, em abril de 2003. Aron acaba tendo que viver em uma prova de fogo, entre a vida e a morte, na qual as lições acabam indo para um lado muito mais profundo do que somente usar recursos brotados através dos conhecimentos e ideias de base para a sobrevivência. Ele acaba refletindo sobre como tem conduzido seus principais atos, com uma concepção equivocada do que seria, realmente, ser livre. O protagonista circula por lembranças, monólogos e pensamentos conclusivos que o levam a entender o quanto poderia ter melhores soluções caso cultivasse seus laços humanos sem medo de amarrar correntes, de emitir informações, de ser mais presente. O filme permeia por muitos ensinamentos originados pelo momento árduo da vida do alpinista, e apesar de, basicamente, todas as cenas estarem voltadas à aparição somente do principal, a obra é dinâmica e prende sua mente em todas as questões abordadas. Sou apaixonada por essa história, pela força incrível desse guerreiro e, principalmente, pelas mensagens que emite: as quais, desde antes, sempre escrevi e ratifiquei. Liberdade é saber usar as amarras e os nós para voar, é saber construir ligações sem perder seu caráter e sonhos principais (como citei a relevância na descrição do filme Um Dia). Não existe andar nas ruas sem leis, a questão é apenas saber como usá-las passeando pela sua índole, pelo que conhece de si. A solidão pode ser (como é) necessária em determinados momentos, porém fincar o princípio de peregrinar sozinho é a maior enganação de asas que pode existir.

  • Apenas uma Chance (One Chance)

Minha primeira declaração sobre essa obra é: Dá vontade de morder! Sério! É muita fofura, doçura e bom caráter misturados em toda a determinação da história real que aborda a biografia do Paul Potts: carismático artista que surpreendeu o Reino Unido ao interpretar impecavelmente uma ária de ópera no programa Britain's Got Talent. O filme que ganhou a inspiração e, consequentemente, uma música da Taylor Swift para o relato (amo a letra de Sweeter Than Fiction, que foi escrita como se fosse a esposa do Paul falando para ele), mostra a força que um amor que realmente nos some pode dar para os nossos objetivos de vida, a grandeza que o nosso foco pessoal ganha acima de qualquer incidente e o quanto ninguém pode julgar as dores e flores do outro sem estar acompanhando cotidianamente, de perto. Além disso, deixa aquele recado básico de: Não pare nos primeiros "nãos" que receber, jamais. Use-os como impulsos e saiba aproveitar o que neles houver de construtivo. Super me identifiquei com a história, com os perrengues e com as maravilhosas mensagens. É mais do que válido como um empurrão de vida para qualquer um!

  • O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button)

Faz anos que assisti esse filme (está na minha lista dos "vale a pena ver de novo"), mas me marcou tanto que lembro com clareza das principais sensações que ele deixou em mim. Saí do cinema repensando as minhas vivências, os valores que estava deixando por aí e as diferenças de pesos que cada vida carrega. O feito vai muito além do que a sinopse pode indicar. Ele passeia por experiências, por histórias, pelos aprendizados de uma caminhada, por mensagens especiais para cada época em que engatinha por, para cada novo ser que deixa seus tesouros na vida do Benjamin, comprovando que nosso preenchimento é feito de bagagens não somente nossas e de outras pessoas que conhecemos, mas de uma sequência de seres que deixam pedaços nas vidas dessa gente (em uma teia praticamente interminável, que acresce essências e temores), e que quase nada existiria nas nossas malas sem tais cargas mais alheias. Fatores a mais como os preconceitos, a garra dos que lutam contra eles e diversos pontos de críticas sociais, também podem ser encontrados com nitidez. A trama é uma riqueza tremenda que pretendo rever sempre que uma nova e "grande" fase da minha existência iniciar.   

  • Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind)

Tem coisas sobre nós que vão nos lembrar alguém que passou ou passa pelas nossas vidas, e tem coisas sobre alguém que passou ou passa pelas nossas vidas, que vão nos lembrar de nós mesmos! É simples assim (e complexo na prática). Tudo vira mesclagem quando nos relacionamos com outro ser humano, tudo vira parte da nossa identidade e da biografia do outro. Não é egoísmo, é um fato, até batido: Você nunca deve desejar não ter vivido algo. Não por alguém, não por algo, mas por si. As mensagens gerais do filme giram em torno dessas concepções e catam pedacinhos de muitas outras afirmações que nascem a partir disso. Prepare-se para ver o Jim Carrey em um papel sem comédias (que ele fez muito bem, inclusive), e para refletir. Uma observação: Reparem na "piada" que ele diz não saber no primeiro diálogo que tem com a Clementine, e depois, vejam o que podem retirar disto.

  • Amnésia (Memento)

Esse filme ganhou meu apreço, principalmente, por ter "caído como uma luva" para dar um "acorda!" em mim e na minha ânsia. Sou tão perfeccionista e ansiosa que, às vezes, deixo meus objetivos virarem meus pontos de fraqueza, de vulnerabilidade, oposto ao que podem ser caso saibamos usar com balanceamento entre a emoção e a calma do constatar. A obra retrata a cegueira causada por quando não pretendemos enxergar nada além de um foco que determinamos. Até para que possamos chegar em uma de linha de chegada, precisamos caminhar por muito chão, ou seja, temos que aproveitar outros fatores que podem abrir portas para essa linha, outros quesitos que podem nem ter a ver com ela, mas que podem acabar por incrementar na corrida. O personagem principal não visa nada além do que acha ser a única coisa que pode lembrar, e isso acaba sendo uma genial metáfora para situações como as que citei. Pessoas se aproveitando dessa "falta de visão" causada por "só visar uma coisa", é o que não falta. São detalhes assim que podem fazer analogias a qualquer momento da sua vida em que você deseja "resolver logo o que quer" e sai aceitando certos impulsos para continuar dentro daquele objetivo, daquela maneira. Bom, sem mais delongas: O filme não me deixou perplexa, porém conseguiu mostrar algo inesperado no final, o que não costuma acontecer com frequência nas minhas visitas ao mundo cinematográfico. E ele tem meu carinho por tudo o que inferi e mais: preste atenção depois da descoberta que parece ser o clímax, o ponto alto mesmo é o tempo que passa no desfecho.

  • O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada)

Esse aqui é clássico para quem está tendo que "engolir sapos" para subir as escadas que almeja. Passa na TV aberta ao menos uma vez por ano e nunca vi alguém alegar enjoo! Um desenrolar de enredo maravilhoso, com a atuação da minha atriz favorita no papel principal (Anne Hathaway, que também tem o papel de destaque em Um Dia, dito acima) e que capta um universo de lições que são cabíveis para qualquer profissão e para muitas observações sobre saber a hora de abdicar do que não está trazendo mais somas para o seu trilhar. As ideologias são profundas sim, e merecem uma atenção que vá além dos olhos atentos às filmagens (cenários, roupas, etc) maravilhosas.

  • 500 Dias com Ela ((500) Days of Summer)

O bacana é que enquanto assistimos esse, não podemos prever o que virá logo em seguida. A cada passar de dia e a cada narração, é surpreendente como as atitudes de Summer e Tom andam para caminhos tortuosos e como o romance dos dois vai da máxima paixão à ruína – ou vice-versa. Não é uma estória de amor. Não há o alcance dos patamares de uma gigantesca intimidade, de um solo seguro de comprometimento, de uma paz alastrada. É apenas o que acontece muitas vezes nas nossas vidas: Uma paixão que nos ensina pra caramba! Que nos fortalece, que nos engrandece, que mostra quando reparamos que ninguém é obrigado a ficar do nosso lado, que não existe fase certa para nada e sim, apenas a vontade, e que é isso que dá a graça de quem fica. As mensagens nele são mais diretas e é um romance que foge dos comuns na construção e no desenlaçar, cativando com facilidade.

  • A travessia (The Walk)

Esse eu assisti há uma semana no cinema! Não teve jeito, eu "li" o filme todo metaforicamente. Sempre procuro observar os sinais das mensagens mais avulsas e implícitas de uma obra e nesse é impossível de não reparar com clareza quanta coisa nas entrelinhas sobre determinação e garra. Mensagens fortíssimas cabíveis para quaisquer âmbitos de vida podem ser abstraídas. Veja a corda como uma dificuldade, veja o momento como algo do qual escapa quando qualquer empecilho aparece, veja cada detalhe com olhos que ponham aqueles atos nas situações da sua vida e encare com intensidade tamanha arte! A história é real e esplêndida! É uma inspiração para encaixar em todos os pontinhos do nosso cotidiano, para que não esqueçamos que "no final da corda, ainda podemos cair. No final dela, ainda temos muito trabalho para fazer". E uma travessia deve abrir alas para novas. 

  • Sempre ao Seu Lado (Hachiko: A Dog's Story)

Lágrimas! Muitas lágrimas. Sou fascinada por animais, mas cachorros são os que mais ganham meu coração. A lealdade, a sensibilidade, a intensidade e as percepções que demoramos anos para adquirir e eles parecem já nascer com, são incríveis. Esse amor imenso que transmitem da maneira que todo ser humano deveria fazer: com atos, sem precisar de palavras (apesar de que não devemos as deixar faltar, já que as temos nas mãos e bocas), é digno de reverências. Para começar, sempre que vejo algo fofo ou algo relacionado a cachorros, lembro diretamente do meu Flocos de Neve (é o nome do meu eterno filhote de 2 anos), e isso já me emociona em segundos. E para acabar de vez comigo, a história desse filme é totalmente verídica (existe até uma estátua para o Hachiko no local onde ele ficou aguardando o seu dono e melhor amigo até o final da sua vida). Então, não há muito o que dizer, além de: prove um pouco do que eles são capazes e do que nós, seres humanos, também somos, só não pomos tanto em prática quando escondidos atrás dos ridículos jogos amorosos e sociais, apesar dos tantos clichês que vivemos ouvindo, como "amanhã não se sabe".     

  • Animação 1: Divertida Mente (Inside Out)

Fiquei louca por esse filme! Ri e chorei. É fácil remeter o enredo a muitos momentos do nosso dia a dia, da nossa infância, do nosso espelho. Se você tem um irmão ou irmã mais novo(a), corre e coloca para ele(a) assistir! Se não tem, assista sozinho! Mas veja. Ainda para aqueles que não apreciam tanto as animações, é super válido. Os detalhes das mensagens psicológicas e sentimentais do filme são sublimes, reais e admiráveis. Ainda que uma criança não consiga captar com tamanha destreza, esses ensinamentos das entrelinhas ficarão de alguma maneira guardados na sua mente, e acho maravilhoso para que qualquer idade possa contemplar. O asterisco principal é o relacionado à valorização de todas as emoções, da importância de cada uma para o complemento da outra, e esse tópico é aderido com muita graciosidade e minúcias.        

  • Animação 2: Operação Big Hero (Big Hero 6)

Antes de qualquer coisa, preciso declarar o seguinte: Eu sou louca pelo Baymax! Tenho um dele de pelúcia (na versão pequena) na minha estante e, gente, sério... É, definitivamente, meu personagem favorito da Disney! As mensagens do filme não fogem tanto de lições já abordadas em outros muitos longas da indústria, apesar de serem sempre bem-vindas para as crianças. Mas o fato é que: Eu sou louca pelo Baymax! Ai, repeti. Não aguento! Ô coisa fofa! Ele é, para mim, a representação das durezas da vida e do que elas escondem em si. Ele é um robô, mas sente, mas pensa, mas decide, mas ama. Os seus lados positivos exalam indo muito além da sua programação, e é assim que ocorre com as pedras nos nossos caminhos, que tem caminhos em seus meios, e que acabam indo além do que as friezas delas deveriam citar: trazendo algo de bom nos fins. Confesso que caíram lágrimas em uma das partes e que apesar dos clichês e de uma (ou mais) cena bastante pueril, valeu a pena. Ah, na minha lista de Animações não poderia deixar de citar Nemo! Sei as falas de cor e adoro! Mas como as linhas das informações intrínsecas ficam em bastante coincidência com a desse e de outros tantos filmes, resolvi não colocar separadamente.         


Ainda faço maratonas de Harry Potter, ainda vibro com cada cena, ainda fico sem acreditar que acabou. Obrigada, JK, por esse presentão! O legal mesmo é assistir a sequência dos filmes e reparar o quanto tudo esteve sempre interligado. Tenho um imenso desgosto quando acompanho algo (série, filme, sagas...) e sinto que o final está totalmente desconexo do que era em seu encetar, de que foram criados fatores só para "empurrar com a barriga" e "alastrar de um jeito qualquer". Amo quebra-cabeças, conexões. Porque por mais que a nossa vida, às vezes, pareça não fazer um pingo de sentido, sabemos que tudo sempre esteve e está enlaçado de alguma maneira. Outro ponto interessante para prestar atenção ao rever os filmes da saga, são as mensagens! Harry é uma Horcrux (não tem problema dar spoiler, né? Todos vocês já sabem), o que significa que além do mal e do bem que todos carregamos dentro de nós, ele tinha uma quantidade maligna a mais implantada em si e, ainda assim, seu bom caráter não se perdeu. O fato de que a essência e as escolhas são mais fortes do que tudo o que pode nos "corromper", é só um dos muitos quesitos que a autora lança para nossas mentes. A única coisa que me incomoda um pouco no final de HP é que esperava um reconhecimento maior para os nossos três bruxos favoritos. Esperava que aparecessem as figurinhas dos Sapos de Chocolate com as imagens do Rony, do Harry e da Hermione, porque a JK afirmou que eles ganharam essa e muitas outras homenagens pelos seus feitos! Queria que a Hermione virasse diretora de Hogwarts (sério). Mas, no mínimo, desejava mesmo era que o básico do reconhecimento que eles ganharam após tudo o que viveram, fosse explorado e assumido, ainda que nos segundos finais. Contudo, isso não tira mágica da sequência de filmes e o quão incríveis e valiosos eles são. OBS: Coloquei o trailer do primeiro acima, para dar aquela nostalgia e vontade de assistir todos de novo!            
  • Jogos Vorazes (The Hunger Games)

Sou apaixonada por todas as críticas abordadas nessa trilogia! Analogias sobre a nossa sociedade, sobre o governo, sobre as "ditaduras brancas" que vivemos até hoje (incluindo aqui os feitos da "Grande Mídia" e alienações), são só alguns dos muitos itens apontados. Jogos Vorazes vai extremamente além do que é apenas visível em sua sinopse e nos detalhes nítidos nas cenas. É uma rica sequência de notas e lembretes sobre o nosso mundo, refletindo-o através de metáforas bem construídas. Aquela disputa, com plateia ou sem (mas sempre nela pensando), é o que vivemos todos os dias, repletos de desconfianças pelas guerras dentre "padrões". E as mortes na arena abrangem a representação dos absurdos que ignoramos por serem já considerados "comuns demais" e por colocarmos entretenimentos acima e por cima do que já não choca, mesmo devendo ainda espantar. A saga merece que vejamos mais de uma vez cada um dos filmes e que observemos as marcas que emanam nas nossas realidades e são neles denunciadas.  

Tenho uma lista imensa de filmes pendentes para assistir, nela estão títulos como: O Fabuloso Destino de Amelie Poulain e Sob o Sol da Toscana. Já viu algum desses? Recomenda? E sobre os filmes da lista acima? Quais você já viu e quais são os seus acréscimos sobre eles? Conta para mim nos comentários e não deixe de falar também sobre a sua lista de filmes favoritos!

Atualização: Após diversos meses, alguns filmes a mais entraram como acréscimo nesta lista e foram ganhando resenhas em diversas postagens aqui no Sem Quases, como: Sociedade dos Poetas Mortos, Lembranças e Uma Mente Brilhante.

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7 COMENTÁRIOS

  1. ameiiiiiiiiii a postagem! nao conhecia varios dos filmes e ja anotei para assistir todos! adoro a forma com que voce fala das coisas com tanto sentimento e vendo o que ninguem consegue ver, vc é poeta dentro e fora das suas poesias kkkkkkk os meus filmes favoritos que consigo lembrar agora: a escolha perfeita, uma longa jornada, busca implacavel, se eu ficar, mulheres ao ataque...

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    1. Oba! Dicas! Muito obrigada por emitir seus gostos, Lu! Que maravilhoso saber que as curtas observações que apontei e que a minha lista de filmes favoritos, puderam agregar acréscimos para as suas pautas futuras. Espero que goste de vê-los e que continue a dar muitos pitacos por aqui!

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  2. Ooooooooooi! Gente, encontrei vários filmes que amooo! Um dia é meu amor eterno, acho que nunca chorei tanto com o final de um filme, do nada me despenquei em lágrimas, hahha. Amo também Cisne Negro, faz um tempão que vi, mas ficou no core. E o Diabo Veste Prada é meu amor eterno, por razões de Anne Hathaway e... jornalismo ♥♥♥♥ Flores no Outono

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    1. Ai, Ale, que alegria gigantesca por ler esse seu comentário e saber desses carinhos maravilhosos que cultiva por obras tão repletas de intensas reflexões! Espero muito que possa conferir também demais filmes indicados que possa ainda não ter visto, viu? Todos são super válidos de releituras, não é? É uma delícia debater sobre os tópicos mais intrínsecos de cada um. Espero ver demais opiniões suas por aqui! Um super beijo!

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  3. Muito bacana sua interpretação do "falar" espontâneo e simples.. já assistir alguns filmes, verei os outros, tenho esse vício bem acentuado: filmes/séries. Sucesso a ti:)

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  4. Só filmaço, ne? Os unico de que não sou muito fã são os da saga Jogos vorazes, mas, lendo seu post descobri que tbm tenho filmes de estimação, a saga Harry Potter e Memento temos em comum! Harry Potter tem gostinho de adolescência e cheiro de nostalgia, não recuso em circunstancia alguma. São esses filmes que a gente nunca cansa de assistir, se eu for comentar um por um da sua lista não saio daqui hoje, mas ó: só amor essa seleção. Se alguém tá com duvida se tal filme é bom ou se vale a pena, não pense. Assista! Eu costumo dizer que todo filme vale a pena, assim como os livros. Você só vai descobrir se gosta ou não depois de terminar, e não vale a pena recusar a experiencia por medo de não gostar. E mesmo se no final, perceber que não é seu tipo, ainda vai sobrar material pra analisar e fazer um critica construtiva, do que poderia ser melhor.

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  5. Oi, Van! <3 Acho demais entrar no seu blog e ver o quanto temos gostos parecidos!
    Adoro todos os seus filmes de estimação, só não vi ainda Memento porque todo mundo fala que é triste DEMAIS e eu ainda não criei forças pra ver. Adorei o post e adoro você!

    blogdeclara.com

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