9 LINKS FAVORITOS DA SEMANA #5: E UMA SÉRIE
terça-feira, março 15, 2016
Líderes políticos, físicos renomados, atletas olímpicos, músicos brasileiros, pessoas que correram atrás de um sonho, de um objetivo maior e aglomeraram mensagens de porte gigantesco: o cinema dá espaço para que grandes histórias de vida sejam reveladas ao público. É o caso do premiado "A Teoria de Tudo" (que já teve resenha aqui no blog), baseado na história de Stephen Hawking, um dos maiores físicos da atualidade que foi diagnosticado, aos 21 anos, com uma doença motora degenerativa e nos presenteou com suas descobertas em uma incrível caminhada de superação, fé e amor. Portanto, nessa lista, com 9 obras repletas de fatos reais, temos um compilado de histórias inspiradoras e cabíveis como impulsionamentos e lições para quesitos, além de teóricos, também práticos, para qualquer ser humano e o que mais visa como legado.
Vale indicar um link antigo do Sem Quases que continua super atual para todos nós? Vale! Afinal, quem não adora ver curiosidades por aí? Temas diversos de tópicos raros circundam páginas do Facebook, sites e também canais do Youtube! Amo matar o tédio descobrindo coisas que acabam levando a outras e até a pesquisas mais mirabolantes. O mais bacana de ver esses detalhes em vídeos não é apenas a animação audiovisual, mas a forma de elaboração com mais possibilidades para aglomerar diversos temas em um só produto! Não dá para ter certeza da total veracidade de tudo o que é dito, porque não sabemos como são feitas as apurações das pesquisas de cada um desses veículos, mas o bacana é que todos têm credibilidade grande e, ao menos, cada tese dita pode causar bons incentivos para que pesquisemos temas mais afundo e saibamos de fatores que mal imaginávamos antes. Então, pensando em matar curiosidades que podem gerar maiores conhecimentos, separei 7 canais do Youtube que passam credibilidade e agregam curiosidades gerais.
O site é focado em empreendedorismo, mas isso não muda o fato (na verdade só fortalece!), de que os enfoques das obras são para todos. Livros sobre suporte para maior produtividade, autoconhecimento, melhoria de rede de contatos e diversas outras vertentes que agregam elementos e fórmulas motivacionais para nos impulsionar e abrir alas de visões inovadas com as dicas indicadas.
Grandes universidades do mundo inteiro divulgam cada vez mais conteúdos educacionais em plataformas online exclusivas. O objetivo de deixar o conhecimento mais acessível e democrático é extremamente importante e as novas formas são admiráveis. Para disseminar ainda mais a ideia, esse link traz seis universidades brasileiras que oferecem cursos online totalmente gratuitos. Confesso que, até então, meu xodó está na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, com o curso de História da Arte. E, o mais bacana, é que existem diversos cursos gratuitos e legendados de universidades estrangeiras, como indiquei aqui. E saber disso pode nos impulsionar a buscar mais meios brasileiros ou externos para aprendizados extras.
Não é sobre perder peso, é sobre enfoque na saúde (lembrando de que, para isso, é fundamental também procurar o acompanhamento de um nutricionista). E, para tal artifício, nada melhor do que ter uma alimentação balanceada e regrada. Para isso, incluir alimentos integrais é essencial. Ricos em nutrientes, vitaminas, minerais e fibra, os alimentos integrais ainda previnem a constipação, facilitando o trânsito intestinal, aumentam o tempo da sensação de saciedade e diminuem o colesterol! As receitas indicadas no link vão desde os alimentos mais "simples", que costumamos comprar ao invés de saber preparar (como um pão integral), até outras que podem ser grandes novidades.
Dicas e inspirações de ouro para decorações de apartamentos pequenos! Obviamente, não são regras a serem seguidas, mas são indicações para abrir os olhos e aproveitar dentro do que acredita que pode ajudar de fato. Imagens e tópicos super úteis para que possamos aproveitar esses espaços estão aglomerados de forma organizada nesse link. E, de quebra, ainda deixo aqui um link com dicas bacanas sobre como escolher o melhor estilo de tapete para o seu ambiente.
Cada dia mais as pessoas estão procurando opções de produtos que não sejam testados em animais e/ou que não tenham nada de origem animal (ainda bem!). Mesmo que muitas marcas se apresentem sustentáveis e amigas da natureza, nem todas têm esse cuidado, e aí nós temos que garimpar pelas marcas vegan friendly: não testadas em animais e sem elementos de origem animal na composição. Já havia indicado aqui, onde comprar online produtos naturais e/ou orgânicos, que costumam ter essa preocupação, mas as marcas indicadas pelo link são super bacanas e ainda não citadas.
Com indicações de locais incríveis do nosso país, detalhes maravilhosos sobre eles e ainda uma listinha que deixa a dica de onde ficar hospedado e o valor que seria pago para a hospedagem, esse link agrega várias opções de lugares e atividades, desde curtir o friozinho na Serra Gaúcha a tomar um banho de mar nas águas cristalinas de Búzios! O mais bacana é que, mesmo se não pudermos viajar por agora, podemos conhecer mais do nosso país ao saber sobre os pontos citados (e até pesquisando mais, após, sobre cada um).
O blog da Lari é uma fofura e, se você tem blog: é salvação certeira! Além de fazer designs lindíssimos e já aglomerar uma clientela fiel, ela dá dicas super úteis por lá, como as desse link, que indica desde códigos para ferramentas importantes em um blog, até detalhes como o da explicação de como fazer um template responsivo. Maravilhoso para quem vive nesse universo, não é?
Extra: 9 aplicativos para estimular seu raciocínio
Tive que colocar o "a genial" logo acima ao citar o nome da série, porque é o adjetivo ideal para ela. A série é curta, porém tão densa que nos presenteia com discussões para uma vida inteira. O bacana é que dá para ver inteirinha em um final de semana. São 7 episódios em duas temporadas, cada um é como um "mini filme", nos apresentando uma estória diferente em universos em que a tecnologia está em seu avanço constante. A partir disso você pode pensar o mesmo que pensei antes de começar a devorar cada segundo: "ah, então não vou nem ter tempo direito para me apegar aos personagens? Eles vão começar a me encantar e sumir?" (porque, sim, ter esse apego nas séries, ser assim cativada, é um dos fatores que mais adoro!), mas isso vira algo pequeníssimo diante do que está por vir! Os diferenciais das tramas, com roteiros fortes e repletos de críticas, servem como impulsos jogados no ar para que possamos continuá-los na nossa própria mente, nas nossas discussões, nas nossas reflexões diárias. É uma arte útil. São temáticas necessárias no e do agora, e por mais que a série tenha sido de 2011, parece que foi algo feito e lançado hoje mesmo.
É discutindo o hoje com histórias sobre o amanhã que a série genial (enfatizo) de Charlie Brooker traz críticas aos efeitos colaterais que a tecnologia causa em nossas vidas, porém vai ainda mais além! Algumas resenhas costumam falar que é uma série apenas sobre os impactos tecnológicos, mas agrega também quesitos de entretenimento acima de talento e importâncias cotidianas; de feridas abertas pelo capitalismo; de caráter humano sendo distorcido pela obsolescência constante, pela sensação de urgência em "resolver as coisas" ou ter um acalento em relação a elas, sem pensar se isso pode nos privar de prioridades (como vemos através do erro cometido pela esposa em "The Entire History of You"); de mensagens gigantescas sobre relacionamentos de variados formatos. A tecnologia está inclusa em tudo isso, mas diversos dos tópicos discutidos já estavam com suas problemáticas adjacentes desde antes da evolução bombástica dela. Black Mirror nos traz uma sequência sobre o comportamento humano atual, sobre a nossa história e o que fomos gerando de problemas a partir dela, ainda que os casos contados sejam ambientados em futuros alternativos ou realidades paralelas: tudo não passa de metáforas muito bem feitas sobre o presente (já sentiram por que a minha admiração foi gigantesca, não é? Metáforas sensacionais!). A série é uma poesia constante. E minha vontade real era de fazer uma análise completa sobre cada episódio aqui (e que tal futuramente termos uma postagem com essas análises? O que acham? Depois que assistirem, contem aqui também se acham válido. Se acharem, teremos!).
"Se a tecnologia é como uma droga – e ela parece com uma droga – quais são precisamente os efeitos colaterais? Essa área entre o prazer e o desconforto é onde Black Mirror, minha nova série dramática, está situada. O "espelho negro" do título é aquele que você irá encontrar em cada parede, em cada mesa, na palma de cada mão: a fria e brilhante tela de uma TV, monitor, smartphone". E, para mim, o espelho traz uma metáfora ainda além! Que nos agrega a escuridão em que temos nos visto, não enxergando muito a nós e nem ao próximo, ligados a quesitos exteriores, a meios superficiais, ao "não entendo" sem antes procurar interpretar, à falta de olhar para o simples e enxergar um complexo solucionável, por pensarmos que tudo já é, automaticamente, vazio demais. Não vemos e nem tentamos ver, substituímos autoconhecimento por necessidade de "fazer parte" de algo que não permite "partes", mas um todo que molda. É claro que a tecnologia tem suas angulações super positivas que, inclusive, trazem debates para a quebra desses quesitos, mas aqui a discussão é do que precisa de grandes melhorias ainda.
Acabei agora de ver o segundo episódio da segunda temporada e sei que muito ainda irá por vir. A cada novo caso demonstrado, milhares de críticas feitas (muito além da tecnologia, ratifico), ficam borbulhando na minha mente em análises instigantes. Um ponto que pode ser visto como negativo na série, é que cada episódio parece merecer uma continuação, parece merecer mais desenrolares, parece que acabou sem um exato fim, mas os finais estão ali, sempre com um desfecho sensacional em que a reflexão geral é implantada com força. E a ideia de base é justamente essa: "como você continuaria isso?" e "o que você tira disso para caber na sua realidade?". O problema não se soluciona, ele está aqui. Black Mirror tem uma aura sombria, perturbadora, e traz estórias que mostram uma humanidade que acha que domina sua relação com a tecnologia, que domina o sistema, a mídia, mas está fragilizada psicologicamente em seu vínculo (ou submissão) com todos esses âmbitos. E aqui podemos ir encaixando discussões a mais, como a falsa democracia da internet em muitos casos.
Achar que um papel (literalmente aqui falando) em que uma arte está representada é lixo, apenas pelo motivo de ter sido feito por um cidadão sem ainda renome (nos falta, para enxergar o que é de valor, pensar naquilo como algo de valor! Só pensamos assim quando alguém nos impõe ser). Prosseguir com uma cultura de beleza acima de talento. Talento massacrado pelo que a mídia "acha que vende mais", sendo que o vende mais é implantado pela mídia! Temos mesmo direito de escolha? Ou temos opções limitadas para que possamos "escolher"? Vamos questionar isso e acabamos nos inserindo ao ir moldando as nossas formas de discutir, ao discutir com preocupação maior em se a "minha postagem vai ter curtidas o suficiente". Criticamos e continuamos a usar o que criticamos, falamos sobre informação completa e lemos informações de formas quebradas. São essas, dentre diversas outras, as muitas vertentes de questionamentos deixados por cada novo episódio. Estamos sendo máquinas de um processo que nós alimentamos até já não termos o que comer.
"15 Million Merits", o segundo episódio, é uma sátira que se passa em um mundo futuro, no qual as pessoas vivem em ambientes 100% artificiais e quase que totalmente virtuais (o que dá sufoco ao assistir, sentimento de prisão, de falta de ar! Que é como nos sentimos hoje sem reparar, muitas vezes). Aqui são cabíveis todas os quesitos citados acima, como a questão do origami que vira só um origami e que, na verdade, é algo muito maior, é talento, é expressão, mas perdemos a fé no outro para enxergar, porque não temos a fé sem que a mídia diga que devemos ter; e ainda a questão de reclamar do que acaba fazendo questão de fazer parte, não vamos até o fim quando nos sentimos inclusos, quando nos impõem que podemos participar ou que estamos participando (observem).
No chocante "Be Right Back" (não leia o resto deste parágrafo se não quer alguns spoilers), outro lado dos relacionamentos é apresentado: A ideia de que a tecnologia pode "dar jeito em tudo", inclusive na perda. No caso, conhecemos Martha e Ash, um jovem casal que resolve se aventurar pelo campo num final de semana. Ash, viciado e conectado às redes sociais, morre em um acidente de carro quando sai para passear sozinho, provavelmente por ter checado alguma notificação em seu celular enquanto dirigia. Após certa resistência inicial, a protagonista cede à curiosidade e a saudade de Ash e resolve acessar um sistema que pode, com informações da rede, o imitar. Apesar de assustador e intimidador no início, ela logo se rende ao prazer de ouvir sua voz e suas expressões, realmente aliviando o processo de luto. Parece que o sistema a está ajudando. A partir deste ponto, aos poucos, ela vai percebendo que apesar de estar com uma versão humanoide incrivelmente semelhante ao Ash, não é o seu Ash que está ali. Ele não come, não respira, não discute, faz tudo o que ela quer, não há argumentações e interações espontâneas e verdadeiras entre eles. O Ash humanoide carece daquilo que diferencia as pessoas dos objetos: a emoção. A complexa inter-relação humana reflete a nossa alma, nossa emoção em cada gesto, palavra ou olhar. Por mais que a tecnologia avance e se aproxime, no sentido de reproduzir nossa aparência, voz e feições, dificilmente conseguirá reproduzir a alma e a personalidade de cada indivíduo. A tecnologia jamais poderá substituir as nossas memórias, as pessoas, os momentos em toques e olhares. Jamais poderá suprir perdas, resolver problemas. Nós podemos resolver certas coisas através do uso dela, ou piorar outras tantas. Nós.
São detalhamentos a serem destrinchados em análises aprofundadas. É uma série para criticar a si e ao nosso mundo (não só iniciando pelo atual, mas em todo o desenrolar histórico que foi nos trazendo até aqui). É uma série para refletir. É uma série que merece uma postagem para cada episódio.
E então, já assistiu Black Mirror? Deseja análises mais aprofundadas dos episódios aqui? Qual dos links favoritos indicados mais chamou a sua atenção? Não deixe de compartilhar suas teses nos comentários!
- Série: A genial "Black Mirror"
Tive que colocar o "a genial" logo acima ao citar o nome da série, porque é o adjetivo ideal para ela. A série é curta, porém tão densa que nos presenteia com discussões para uma vida inteira. O bacana é que dá para ver inteirinha em um final de semana. São 7 episódios em duas temporadas, cada um é como um "mini filme", nos apresentando uma estória diferente em universos em que a tecnologia está em seu avanço constante. A partir disso você pode pensar o mesmo que pensei antes de começar a devorar cada segundo: "ah, então não vou nem ter tempo direito para me apegar aos personagens? Eles vão começar a me encantar e sumir?" (porque, sim, ter esse apego nas séries, ser assim cativada, é um dos fatores que mais adoro!), mas isso vira algo pequeníssimo diante do que está por vir! Os diferenciais das tramas, com roteiros fortes e repletos de críticas, servem como impulsos jogados no ar para que possamos continuá-los na nossa própria mente, nas nossas discussões, nas nossas reflexões diárias. É uma arte útil. São temáticas necessárias no e do agora, e por mais que a série tenha sido de 2011, parece que foi algo feito e lançado hoje mesmo.
É discutindo o hoje com histórias sobre o amanhã que a série genial (enfatizo) de Charlie Brooker traz críticas aos efeitos colaterais que a tecnologia causa em nossas vidas, porém vai ainda mais além! Algumas resenhas costumam falar que é uma série apenas sobre os impactos tecnológicos, mas agrega também quesitos de entretenimento acima de talento e importâncias cotidianas; de feridas abertas pelo capitalismo; de caráter humano sendo distorcido pela obsolescência constante, pela sensação de urgência em "resolver as coisas" ou ter um acalento em relação a elas, sem pensar se isso pode nos privar de prioridades (como vemos através do erro cometido pela esposa em "The Entire History of You"); de mensagens gigantescas sobre relacionamentos de variados formatos. A tecnologia está inclusa em tudo isso, mas diversos dos tópicos discutidos já estavam com suas problemáticas adjacentes desde antes da evolução bombástica dela. Black Mirror nos traz uma sequência sobre o comportamento humano atual, sobre a nossa história e o que fomos gerando de problemas a partir dela, ainda que os casos contados sejam ambientados em futuros alternativos ou realidades paralelas: tudo não passa de metáforas muito bem feitas sobre o presente (já sentiram por que a minha admiração foi gigantesca, não é? Metáforas sensacionais!). A série é uma poesia constante. E minha vontade real era de fazer uma análise completa sobre cada episódio aqui (e que tal futuramente termos uma postagem com essas análises? O que acham? Depois que assistirem, contem aqui também se acham válido. Se acharem, teremos!).
"Se a tecnologia é como uma droga – e ela parece com uma droga – quais são precisamente os efeitos colaterais? Essa área entre o prazer e o desconforto é onde Black Mirror, minha nova série dramática, está situada. O "espelho negro" do título é aquele que você irá encontrar em cada parede, em cada mesa, na palma de cada mão: a fria e brilhante tela de uma TV, monitor, smartphone". E, para mim, o espelho traz uma metáfora ainda além! Que nos agrega a escuridão em que temos nos visto, não enxergando muito a nós e nem ao próximo, ligados a quesitos exteriores, a meios superficiais, ao "não entendo" sem antes procurar interpretar, à falta de olhar para o simples e enxergar um complexo solucionável, por pensarmos que tudo já é, automaticamente, vazio demais. Não vemos e nem tentamos ver, substituímos autoconhecimento por necessidade de "fazer parte" de algo que não permite "partes", mas um todo que molda. É claro que a tecnologia tem suas angulações super positivas que, inclusive, trazem debates para a quebra desses quesitos, mas aqui a discussão é do que precisa de grandes melhorias ainda.
Acabei agora de ver o segundo episódio da segunda temporada e sei que muito ainda irá por vir. A cada novo caso demonstrado, milhares de críticas feitas (muito além da tecnologia, ratifico), ficam borbulhando na minha mente em análises instigantes. Um ponto que pode ser visto como negativo na série, é que cada episódio parece merecer uma continuação, parece merecer mais desenrolares, parece que acabou sem um exato fim, mas os finais estão ali, sempre com um desfecho sensacional em que a reflexão geral é implantada com força. E a ideia de base é justamente essa: "como você continuaria isso?" e "o que você tira disso para caber na sua realidade?". O problema não se soluciona, ele está aqui. Black Mirror tem uma aura sombria, perturbadora, e traz estórias que mostram uma humanidade que acha que domina sua relação com a tecnologia, que domina o sistema, a mídia, mas está fragilizada psicologicamente em seu vínculo (ou submissão) com todos esses âmbitos. E aqui podemos ir encaixando discussões a mais, como a falsa democracia da internet em muitos casos.
Achar que um papel (literalmente aqui falando) em que uma arte está representada é lixo, apenas pelo motivo de ter sido feito por um cidadão sem ainda renome (nos falta, para enxergar o que é de valor, pensar naquilo como algo de valor! Só pensamos assim quando alguém nos impõe ser). Prosseguir com uma cultura de beleza acima de talento. Talento massacrado pelo que a mídia "acha que vende mais", sendo que o vende mais é implantado pela mídia! Temos mesmo direito de escolha? Ou temos opções limitadas para que possamos "escolher"? Vamos questionar isso e acabamos nos inserindo ao ir moldando as nossas formas de discutir, ao discutir com preocupação maior em se a "minha postagem vai ter curtidas o suficiente". Criticamos e continuamos a usar o que criticamos, falamos sobre informação completa e lemos informações de formas quebradas. São essas, dentre diversas outras, as muitas vertentes de questionamentos deixados por cada novo episódio. Estamos sendo máquinas de um processo que nós alimentamos até já não termos o que comer.
"15 Million Merits", o segundo episódio, é uma sátira que se passa em um mundo futuro, no qual as pessoas vivem em ambientes 100% artificiais e quase que totalmente virtuais (o que dá sufoco ao assistir, sentimento de prisão, de falta de ar! Que é como nos sentimos hoje sem reparar, muitas vezes). Aqui são cabíveis todas os quesitos citados acima, como a questão do origami que vira só um origami e que, na verdade, é algo muito maior, é talento, é expressão, mas perdemos a fé no outro para enxergar, porque não temos a fé sem que a mídia diga que devemos ter; e ainda a questão de reclamar do que acaba fazendo questão de fazer parte, não vamos até o fim quando nos sentimos inclusos, quando nos impõem que podemos participar ou que estamos participando (observem).
No chocante "Be Right Back" (não leia o resto deste parágrafo se não quer alguns spoilers), outro lado dos relacionamentos é apresentado: A ideia de que a tecnologia pode "dar jeito em tudo", inclusive na perda. No caso, conhecemos Martha e Ash, um jovem casal que resolve se aventurar pelo campo num final de semana. Ash, viciado e conectado às redes sociais, morre em um acidente de carro quando sai para passear sozinho, provavelmente por ter checado alguma notificação em seu celular enquanto dirigia. Após certa resistência inicial, a protagonista cede à curiosidade e a saudade de Ash e resolve acessar um sistema que pode, com informações da rede, o imitar. Apesar de assustador e intimidador no início, ela logo se rende ao prazer de ouvir sua voz e suas expressões, realmente aliviando o processo de luto. Parece que o sistema a está ajudando. A partir deste ponto, aos poucos, ela vai percebendo que apesar de estar com uma versão humanoide incrivelmente semelhante ao Ash, não é o seu Ash que está ali. Ele não come, não respira, não discute, faz tudo o que ela quer, não há argumentações e interações espontâneas e verdadeiras entre eles. O Ash humanoide carece daquilo que diferencia as pessoas dos objetos: a emoção. A complexa inter-relação humana reflete a nossa alma, nossa emoção em cada gesto, palavra ou olhar. Por mais que a tecnologia avance e se aproxime, no sentido de reproduzir nossa aparência, voz e feições, dificilmente conseguirá reproduzir a alma e a personalidade de cada indivíduo. A tecnologia jamais poderá substituir as nossas memórias, as pessoas, os momentos em toques e olhares. Jamais poderá suprir perdas, resolver problemas. Nós podemos resolver certas coisas através do uso dela, ou piorar outras tantas. Nós.
São detalhamentos a serem destrinchados em análises aprofundadas. É uma série para criticar a si e ao nosso mundo (não só iniciando pelo atual, mas em todo o desenrolar histórico que foi nos trazendo até aqui). É uma série para refletir. É uma série que merece uma postagem para cada episódio.
E então, já assistiu Black Mirror? Deseja análises mais aprofundadas dos episódios aqui? Qual dos links favoritos indicados mais chamou a sua atenção? Não deixe de compartilhar suas teses nos comentários!
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9 COMENTÁRIOS
Gosto de indicações assim e as tuas fecharam com meu estilo. Primeira vez que entro aqui e acredito que voltarei sempre :* ❤️
ResponderExcluirwww.cherryacessorioseafins.com.br
Ai, Si, que alegria gigantesca por saber que mergulhou neste tão nosso cantinho e veio para ficar! Espero demais que possa continuar emitindo suas visões, viu? Tomara que cada indicação tenha gerado informações que transbordem em formas reflexivas e de autoconhecimento maior. Um super beijo!
ExcluirAmei a iniciativa com esse post de reunir seus favoritos semanais. Beijos!
ResponderExcluirhttp://www.marianeferraro.com/
É uma delícia fazer isso e poder passar tanta coisa bacana que vi por aí para vocês, Mari. Espero que as indicações tenham cumprido seus papéis de serem utilidades e informações reflexivas. É uma alegria imensa por saber que apreciou assim quadro. Obrigada por emitir sua opinião e espero que possa continuar alastrando suas visões por aqui, viu? Um super beijo!
ExcluirOi, Vanessa. Adorei as indicações de links, vou dar uma olhada em alguns que estou precisando! Quanto a Black Mirror, eu nunca tinha nem ouvido falar! Parece fantástica, vou dar uma conferida com certeza! Beijos! Borboletas de Papel
ResponderExcluirOi, Ali! Tudo bem? Que alegria imensa por saber que os links puderam abrir portas desde o primeiro impacto. Espero que eles tenham, de fato, agregado em excelentes reflexões e utilidades, viu? A série é incrível, super metafórica, cabível em cada instância da nossa atualidade e dos nossos caminhos históricos, super poética e crítica em diversos sentidos! Nos deixa refletindo e encaixando peças. Tomara que possa ver e que a análise, mesmo que sucinta possa agregar em bases para demais reflexões sobre a trama, viu? E espero ver demais opiniões suas por aqui! Um super beijo!
ExcluirVanessa, adorei os links, principalmente o de receitas integrais (estou tentando iniciar uma vida de refeições mais saudáveis, então essa reportagem veio no momento certo!) e os links para ajudar com o blog (sempre procuro melhorar e acredito que essa é a chave do sucesso)! :) Nunca ouvi falar nessa série Black Mirror, mas já achei bem interessante! É pequena, então vou tentar pegar logo mais para assistir :) Você, como sempre, aumentando minha lista de séries para assistir, hahaha! Um beijo! ♥ www.daniquedisse.com.br
ResponderExcluirDani, é tão maravilhoso receber as suas visões sempre por aqui. Já ponho sorrisos no rosto quando o seu nome surge. Obrigada por esse carinho maravilhoso e por trazer sentido real para as propostas deste nosso cantinho ao causar essas trocas evolutivas emitindo suas sensações. Adorei saber que está investindo em uma alimentação mais saudável, é fundamental e não significa que vamos deixar de comer de tudo, não é? E, com certeza, não se acomodar é a chave para qualquer bom prosseguimento! Espero que possa mesmo conferir Black Mirror: é divina! Conta depois o que achou, viu? Um super beijo!
ExcluirTenho uma xará nos comentários hahaha. Eu fiquei muito feliz pela indicação e por saber que gostou tanto assim do meu blog e do que faço! Obrigada mesmo <3 Os outros links são mega interessantes, e já vou deixar seu post nos favoritos pra olhar cada um com calma. Gosto muito de posts assim, sempre faço quando posso! Parabéns pelo trabalho desenvolvido no seu blog, é muito bom! Beijos <3
ResponderExcluir➚ Obrigada por chegar até aqui para deixar a sua opinião. É fundamental para mim. O que dá sentido com ratificação para cada reflexão entre análises, dicas, informações e sentimentos aqui escritos são essas nossas trocas evolutivas de sensações e pitacos.
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